quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Você realmente se importa?

Você realmente se importa com você? Ou você se importa com os outros? São boas perguntas, mas o que quero saber é: você se orgulha de você? Não se você se orgulha de você? Não se você é homem ou mulher, ou seja o que for, e sim do que você é.
Não entendeu? Vou fazer você entender. Quando você quer algo você faz por querer ou pelo que os outros disseram que é legal? Faz por quem? Você ou alguém? Você se importa com a opinião dos outros? Não é errado, porém qual é a mais importante? A sua ou a deles? Quer ouvir dos outros que eles se orgulham de você ou que algum dia olhando pro céu ou se olhando no espelho se orgulhar de você, dos seus feitos? Erros ou acertos não importam você se orgulha se alguém lhe perguntar se não mudaria algo (um erro talvez), você responderia sem arrependimento: “não, faria tudo que fiz de novo” ou “talvez, mas faria outra coisa que tinha em mente”. Enfim, você vai ser você até o fim ou vai ser o que os outros querem ser? Com essa pergunta encerro esse texto e espero que tenha lhe ajudado em algo.

Carlos Felipe Ryan Varela Freitas. 9° C – Manhã.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Respeite o Outro.

No mundo em que vivemos, pessoas são tratadas com desrespeito por diversos motivos. Um deles é ter o modo de pensar diferente do outro. Pessoas julgam algo certo sobre um assunto e querem que os outros aceitem essa mesma opinião. Não é assim! Pensamos diferente. Leitores, posso ter pensamentos parecidos ou contrários aos seus e mereço respeito.
Não deveríamos rebaixar as pessoas pela sua classe social, orientação sexual, etnia, religião… Mas nem sempre é assim. Pessoas se acham melhores do que as outras pelo fato de serem ricas ou terem poder sobre algo. Todos merecemos respeito acima de tudo!
Em meio ao caos político que está acontecendo no Brasil, o país está dividido entre os candidatos à presidência da República. Pessoas criticam os nordestinos por não terem eleito o candidato A ou B. Chamam-nos de “burros” e “inconsequentes”. O Brasil é um país democrático, temos o direito à escolha.
Ninguém é igual. Às vezes podemos ser parecidos, mas, cada um de nós tem sua unicidade, autenticidade.  Por isso, todos merecemos respeito.

José Mateus de Araújo Silva. 8° A - Tarde.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

O preconceito.

Por que existe tanto preconceito?
Vivo me perguntando. Quem será que vai me responder? Existe resposta para isso? É eu sei. São tantas perguntas que ninguém sabe a resposta.
As pessoas deviam respeitar as diferenças. Será que as pessoas tem preconceito consigo mesmas? Todas as pessoas passam por dificuldades. Não existe vitória, se não tem obstáculos. Algumas pessoas acham que são mais que as outras. Isso é o que elas pensam, né? Mas, no fundo, são iguais as outras.
Não é preciso mudar sua personalidade, seu caráter. As pessoas têm que aceitar você do jeito que é, querendo ou não. Sempre, nas escolas, tem que ter aqueles que se acham valentões, mas de valentões não têm nada. Dessas pessoas, eu penso que elas só são assim por que querem atenção. No entanto para você ter atenção não é preciso ser agressivo ou outra coisa do tipo, só tem que ser quem você é. Só posso falar isso, por que eu acho que todos têm consciência das coisas.

Emily Castro Ferreira. 7° A - Tarde.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Sonho sem sabor.

Foi sem sabor o nosso encontro.
Não tinha cor, só branco e preto.
Você e eu vivendo um sonho que eu não consigo ver.
Lembranças que me levam a você.
A sua mão fria tocando em mim.
A escuridão me envolve, mas entre as sombras te vejo sorrir.
Eu não vejo mais as cores em seu amor.
Todo o ranço encobriu os meus olhos.
Se eu pudesse ainda te abraçar sem precisar lembrar que ainda devo partir da sua vida.
Memórias me envolvem como se ainda você estivesse lá
me esperando como sempre.

Alan de Souza Pinheiro. 9° C - Manhã.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Trânsito: a vida e a lei.

É comum ver em jornais e noticiários acidentes relacionados ao trânsito.
Esses acidentes, às vezes, podem ter sido causados por motivos insanos, por falta de cuidado e observação no trânsito.
Muitas vezes, o motivo é o álcool ou as drogas, que é um risco fatal, tanto para o motorista como para o pedestre.
Existe no Brasil uma lei que está em vigor, chamada Lei Seca, relacionada ao trânsito. Essa lei tenta diminuir os acidentes causados por álcool. Porém, não é uma medida suficiente para acabar com isso.
Eu, como pedestre, tento prestar mais atenção ao atravessar avenidas e ruas, porque não é só a conscientização dos motoristas, ciclistas e motociclistas, mas, também dos pedestres.
É preciso ter mais consciência e cautela no trânsito.
A vida é algo simples, mas complexo. A vida é especial e única, algo que não se compra ou vende, é necessário ter carinho respeito e atenção.

José Mateus de Araújo Silva. 8° A - Tarde.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Como será a juventude do futuro?

    É poderoso e cruel o modo como vários jovens estão perdendo a sua vida, como a violência os está roubando de forma assustadora. Jovens de periferia estão mais propensos à violência. Sabe por quê? Eles não têm oportunidades, a pobreza reina na periferia, a disfunção familiar em que se encontram é deplorável.
    De acordo com o Atlas da violência 2018, elaborado pelo IPEA e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2016, 409 pessoas de 15 a 29 anos foram mortas no DF. Em 2015, foram 389 - um aumento de 7,1%. Já em todo território nacional o acréscimo foi um pouco maior, de 264 para 33.590.
    Atualmente, quase todas as pessoas conhecem ou conheceram jovens que se perderam ou estão perdidos no “mundo das drogas e da violência”. Conheço um menino de mais ou menos 13 ou 14 anos que está tendo sua juventude roubada tanto pela violência quanto elas drogas. Triste, mas ele ainda continua mergulhado nesse “mundo”.
    As drogas, como citei acima, também são um dos fatores incidentes para que os jovens se percam diante da sociedade. Esses jovens que se perdem na sociedade, na maioria dos casos, são vistos com um problema.
    Obviamente, a juventude atual será o futuro da Nação Brasileira. Se a sociedade, o governo, as famílias não investirem nela, qual será o futuro da nossa Nação?
    Sociedade, vamos refletir hoje, para que “amanhã” tenhamos dias melhores.
José Mateus de Araújo Silva. 8° A - Tarde.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O tempo é como uma flor.

Se as pétalas da rosa abrem-se uma a uma
As memórias daquele dia ganharão cor.
Como essas memórias nunca foram apagadas.
O tempo flui calmamente
Enquanto ele vai e volta, levado pela maré
Como se seu sorriso fosse um colar que derrete em meu peito,
Como um doce sonho
(que tive em algum lugar)
mesmo que agora você esteja
tomada pelo sol da poesia,
nossa vida se sobrepõe
Distante e sem fim, profundo
sem limites
Eu os agarrei de novo e de novo
Eu os perdi de novo de novo
Mas algum dia ganharei
seu perdão

Alan de Souza Pinheiro. 9° C - Manhã.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

O bem e o mal.

O bem e o mal referem-se à avaliação de objetos, desejos e comportamentos através de um espectro dualístico, onde, numa dada direção, estão aqueles aspectos considerados moralmente positivos e, na outra, os moralmente negativos. O bem é, por as vezes, visto como algo que implica a reverência pela vida, continuidade, felicidade ou desenvolvimento humano, enquanto o mal é considerado o recipiente dos contrários. Por definição, “bem” e “mal” são absolutos porque qualquer enunciado moral é válido, independentemente de quem o faz, e independentemente de qualquer objeto do qual o enunciado se refira.
Não há consenso se o bem ou mal são intrínsecos à natureza humana. A natureza da bondade tem recebido muitos tratamentos; em um deles, o bem é baseado no amor natural, vínculos e afetos que se desenvolvem nos primeiros estágios do desenvolvimento pessoal.

Mikael Rodrigues. 9° B - Tarde.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

A paz que tu me traz.

A paz do teu olhar me acalma te olhar, na alegria do rosto me inspira te ver de novo. No teu beijo eu encontrei o meu sossego. No teu abraço me sinto segura.
No teu beijo me sinto profunda. Profunda de amor, profunda de paixão que só encontrei em ti, então.
Rebeca Kelly Ferreira do Nascimento. 9° B - Tarde.        

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Amizade.

Não sei se declaro ou homenageio ou agradeço. Se eu fosse declarar, diria que sem você em meu caminho não haveria coisas a contar. Se fosse homenagear você, gostaria de lhe dar o brilho das estrelas e o caminho do calor do Sol e você ficaria consciente  desse meu gesto, mas prefiro agradecer. Agradeço a Deus por sua amizade e dizer que foi um bom presente que recebi em minha vida e que você é, realmente, um ser iluminado que consegue trazer ao mundo um grande carinho e um grande companheirismo. Você apresenta com nobreza a palavra amizade.

Gabriel de Sousa Neres e João de Deus Sales Bezerra. 7° A - Manhã.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Meu suicídio.

Nesses dias fiquei pensando o que eu ia fazer na minha vida, e logo veio na minha cabeça o pensamento de me suicidar, pois não aguentava mais. Em casa eu fico insegura, meu padastro é agressivo comigo e minha mãe trabalha o dia todo só chegando às 10 da noite. Na escola só foco nos meus estudos, amigos, nem sei o que é ter amizade. Só porque sou isolada e não falo com ninguém dizem que sou estranha e nerd. Sou humilhada todos os dias por uma gangue de meninas populares.
Em casa sou explorada pelo meu padrasto, ele tenta me pegar no quarto, ele já tentou me estuprar várias vezes. Já tentei falar pra minha mãe mas ela acredita só nele, ela acha que sou eu quem o provoca. Se ela me observasse não teria dúvidas que eu fico na minha, mas nem olhar na minha cara não olha.
Decidi me matar, aproveitei o tempo que meu padrasto estava dormindo, fui na cozinha e vi uma faca em cima da pia e cometi meu suicídio. Uma hora depois meu padrasto me viu caída no chão, ele viu que eu estava morta, me levou pro quintal e me enterrou. Depois de algumas horas minha mãe chegou e ele falou que eu tinha fugido de casa. Depois de alguns dias minha mãe descobriu que eu tinha me suicidado.
A escola toda já sabia do meu suicídio, todos ficaram sabendo, alguns dias passaram e minha mãe foi encontrada morta. Ela não aguentou quando soube.
E depois daí fiquei aliviada por ter minha mãe e o meu pai por perto, juntos no céu. A realidade dói mas a recompensa está com Deus.

Kailane Vieira da Silva. 8° C - Manhã.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Diga não à violência contra as mulheres.

Torna-se mais “comum” a violência e crimes direcionado às mulheres no Brasil e no mundo. Os crimes contra as mulheres e violências de diversos tipos são cada vez mais horrendos. Esses crimes envolvem violência física, verbal, psicológica, dentre outros.
É “comum” ver nos noticiários, jornais, internet relatos de agressões físicas e feminicídios. Essas agressões deixam marcas na pele, mas não somente nela, na vida e na história da mulher também. Essas marcas as vezes podem deixar uma mulher paraplégica, com deficiência visual, etc. Isso afeta a vida de uma pessoa eternamente.
Também há violência verbal, na qual o parceiro difama, humilha a mulher. A possessão, o excesso de ciúmes contribuem grandiosamente para situações desse tipo.
O tipo de violência mais “comum” contra elas é a violência doméstica - ocorre dentro do lar - o que é um absurdo. E em situações desse tipo, a mulher está sujeita a vários tipos de abusos, violências, inclusive o psicológico.
Muitas mulheres ficam presas a tipos de relações abusivas e intolerantes desse patamar. E por estarem aprisionadas psicologicamente, temem ao denunciar, pois recebem ameaças de morte, até contra seus familiares.
Existe uma lei que foi criada no Brasil, intitulada por Lei Maria da Penha, que possibilitam às mulheres  denunciarem, para que a justiça seja cumprida. Elas recebem medida protetiva (que impossibilita o ex-parceiro de se aproximar da ex-parceira e delimita cerca de 300 metros que ele tem que se distanciar da ex). Elas também, em alguns casos, recebem auxílio psicológico.
É muito importante e extremamente essencial que haja a denúncia para que medidas cabíveis, dentro da lei e da justiça, sejam tomadas e efetuadas, que também sejam registradas.
É extremamente importante denunciar. Não silencie! Denuncie!

José Mateus de Araújo Silva. 8° A - Tarde.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Assédio não tem sexo.

Não existe mão boba. Vejo muito na televisão diversas reportagens relacionadas ao assédio contra as mulheres, meninas, etc.
Alguns homens se veem no direito de passar a mão nas mulheres e acham que elas são obrigadas a aceitar. Por medo, não falam nada, ficam coagidas e se calam.
Não sou mulher, mas eu apoio diversas causas delas. Observo bastante o assédio nos ônibus, homens se “roçam” nas mulheres, ficam com “mão boba” e saem impunes.
Como citei acima, em muitas situações as mulheres se calam diante de situações de assédio mas isso não deveria acontecer em hipótese alguma, pessoas que sofrem com isso, principalmente mulheres, denunciem!
Foi criada no Brasil uma forma para que pessoas que sofrem assédio ou qualquer abuso sexual possam denunciar, essa forma é através de linhas telefônicas, que são os números 180 e 190. Não se calem, denunciem!
Há assédio contra meninos também, principalmente gays, mas “menos comum” do que contra as mulheres. Há semanas assisti um vídeo na internet de um menino gay relatando que foi assediado em um ônibus de viagem, contando sobre essa experiência horrível e constrangedora. Fiquei arrasado e chocado com a situação dele. Por isso, exalto a importância da denúncia.
Não se calem, denunciem!

José Mateus de Araújo Silva. 8° A - Tarde.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Verdade de alguns.

Coisa difícil é aguentar família, solidão, abandono, depressão, decepção e mais decepção. Todo dia escutar comentários negativos, de pessoas que deveriam apoiar seus sonhos e desejos. Você pode até estar rodeado de pessoas, mas nenhuma delas diz o que você precisa ouvir, que é um “pode contar comigo” ou apenas te dar um abraço. Muitas vezes, esse abraço, talvez essas palavras te impediram de se matar, né? Ser abandonado(a) não é o caso de tantos, mas é o meu. Pode-se dizer que meu pai é o meu avô, até o abraço do professor Inácio é mais confortante que o do meu pai biológico. Momentos difíceis que muitos dizem “não aguento isso”, “tá difícil suportar”. Quantas vezes eu chorei, à noite, sozinha, quantas vezes?
Eu não me corto, porque eu já sofro demais psicologicamente para sofrer mais ainda fisicamente. Alguns deveriam pensar assim, mas não. Se cortar para depois olhar e lembrar que estão sofrendo, que está sofrendo, que está pesado. Esses cortes só vão deixar marcas.
Agora, se você não passa por NADA disso, ajude quem passa. Às vezes, seu abraço ou suas palavras ajuda alguém.

Kaylane da Silva Lima. 7° A - Tarde.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Não dê close para a LGBTfobia.

A violência contra as pessoas com orientação sexual fora da heterosexualidade é gritante no Brasil, por isso se faz necessário explicitar a importante luta e um pouco do sofrimento da comunidade.
O Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo. Segundo um levantamento do grupo gay da Bahia, em 2017, foram 445 mortes de pessoas LGBTs no Brasil. Esse levantamento revela que em geral esses crimes que ficam sem punição. A cada 19 horas, um LGBT+ é assassinado ou se suicida vítima da “LGBTfobia”. É enorme o preconceito, a homofobia, o ódio que alguns héteros, em geral, sentem pela comunidade LGBT+.
É uma luta que vamos avançando a cada dia, mas que está longe de ser acabada.
Eu sou Gay, tenho orgulho de ser quem sou, independente de tudo e todos.
Uma pessoa que é hétero(a)  não precisa dizer que é para a família, já o homem gay, a mulher lésbica, os transgêneros, travestis… Ele(a) tem que dizer o que “é” para a família, pois vem a cobrança familiar.
Para algumas pessoas é uma loucura, doença. O hétero não escolheu ser hétero, o gay não escolheu ser também.
Às vezes, pessoas da comunidade saem na rua com medo dos homofóbicos, de serem mortos ou apedrejados. Houve casos em 2017, na minha cidade Fortaleza/CE, de travestis serem mortas cruelmente. A que ponto o ser humano pode chegar! Pessoas desse tipo, para mim, não deveriam ser chamadas de seres humanos, de tão asquerosas que são.
Mas por tudo isso, vencemos a cada dia um novo obstáculo. Aos poucos vamos quebrando esse tabu, as regras que alguns impõem.
O empoderamento da comunidade LGBT+ vem crescendo a cada dia e que continue assim.
Nossos corpos, nossas regras!

José Mateus de Araújo Silva. 8° ano A - Tarde.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Depressão.

Há quem diga que depressão é “frescura”, eu já discordo plenamente, pois é por meio dela que muitas pessoas perdem a vida. Os motivos que levam pessoas à depressão variam de pessoa para pessoa como: perda de entes queridos, desilusão amorosa... Mas os sintomas são semelhantes.
Para se dizer que uma pessoa é depressiva é necessário um diagnóstico médico, mas, por meio da internet, são publicados, por especialistas, alguns sintomas, tais como: baixa autoestima, variação de humor, pensamentos suicidas, perda ou ganho de peso, sonolência, etc.
Muitas pessoas mutilam o corpo e tentam se suicidar pensando que essa atitude irá aliviar os motivos de sua solidão, raiva, tristeza, seu desejo de por um fim na sua vida.
Depressão é uma doença psicológica muito perigosa. Pessoas que são rejeitadas, vítimas de preconceito, LGBT+, com fobias, são pessoas frágeis que estão às vezes à beira da depressão.
Há pessoas que falam: “Isso é besteira”, “frescura”, “falta disso ou daquilo”. Muitas pessoas olham para mim e veem um sorriso no meu rosto, mas não veem minhas lágrimas, meu choro preso e abafado pela madrugada e ainda falam como se eu quisesse a morte. “Ele é assim, assado”.
Existe um ditado muito sábio que diz assim: “Vida boa é a dos outros”. Sabe por quê? Não vemos suas lágrimas, não sabemos o que ele (a) sofre, o que ele (a) vive. Um sorriso no rosto, uma pessoa alegre não significa dizer que a pessoa tenha uma vida “fácil”.
Portanto, depressão é uma doença que tem cura e precisa ser tratada.

José Mateus do Araújo Silva. 8 A – Tarde.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Carta Suicida

Eu sei que a decisão que tomei foi errada, não devia ter feito isso. Eu não queria ter feito isso, mas eu já não tinha escolhas. Já não aguentava mais ficar nesse mundo onde há tanta violência, sofrimento, falsidade. Um mundo em que pessoas impõem padrões, humilham, rejeitam e abusam.
É tudo tão doloroso de se ver, mas parece que ninguém se importa. Porém, não aguentava mais. Eu sofria tanto e ninguém percebia. Quantas vezes eu chorei no meu quarto, enquanto a minha família ria na sala?  Quantas vezes eu me cortei para aliviar a minha dor? Só que ninguém se importava.
Todos diziam que era só para chamar atenção. Malditos, malditos só se importavam com eles mesmos. Viam uma pessoa chorando, de cabeça baixa e diziam que era só uma tristeza passageira. Como se tristeza não fosse algo importante, como se não precisasse de atenção.
Eu fui morrendo aos poucos, durante três anos, sem ninguém perceber, sem ninguém se importar. Será que alguém vai sentir minha falta? Qual será a reação da minha mãe ao me ver morta? Ao sentir o meu corpo gelado?
Eu só quero fazer um pedido a vocês! Quando vocês virem alguém triste, chorando, de cabeça baixa, aproxime-se e dê uma palavra de consolo. Ajude-a porque depressão não é brincadeira. Não negue ajuda a quem precisa, por favor. E quando vocês lembrarem de mim, lembrem-se da verdadeira Yasmin, porque aquela garota feliz era uma total mentira.
P. S. Esse texto é baseado na carta de Thalia Mendes Medeiros.  

Yasmin Ingrid Silva Ferreira, 8º C - manhã

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Uma sombra que não é minha.

As crianças são seres extraordinários, sempre nos despertam para o novo.
Recentemente me deparei com um vídeo em que uma garotinha se espantava com
sua própria sombra. O espanto socrático nunca foi levado tão a sério como por
essas criaturas. Tal fato nos revela como o espanto não se limita aquilo que nos é
externo, ele também se produz com tudo o que é projetado por nosso corpo. Parece
que as coisas que emanam de nosso corpo não são produto de nossa consciência,
daí o espanto. Na verdade não podemos nos surpreender com aquilo que nos
pertence, que temos o controle de criação. Nos espantamos sim (!), com o
desconhecido, com o fabuloso ou o estranho.
A criança se espanta com o novo. O que ela admira não é a última novidade
em modelo de celular, antes é a existência do aparelho de comunicação a distância,
é a invenção do “celular” e não o seu tipo ou marca. O que ela produz brincando
não lhe espanta, mas ela traz para dentro de seu jogo todos os objetos de sua
admiração.
Para surgir o espanto faz-se necessário a distância. Enquanto escrevo esse
texto ele é coisa minha, outras vezes não. Com a distância temporal nos
espantamos com aquilo que produzimos, se torna algo alheio, pertencente ao
mundo, detentor de vida própria. O espanto é o reconhecimento do Ser que não
está em nós, é o vislumbramento da superioridade da vida que não nos pertence, é
o despertar de todas as coisas em sua magnitude. A criança se espanta com a vida
do Ser.

Professor de religião Paulo Victor de Albuquerque Silva

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Chão Natal.

Olhos cheios d´água!
Teu nome Maranguape,
Soa macio
Corre em mim a emoção!
Minhas pupilas guardam
Passagens do meu chão natal
A vivente serra
Com manto lírio de névoa
Desenhada vive, na tela de minha retina
E habitada em minha alma,
Onde até hoje mora.
Meu espírito corre
A Maranguape de ontem.
As recordações aportam
Os meus pensamentos.
Maranguape és forte!
Maquiara-te com pincel!
Retocaram-te com colher!
Rejuvenesceram-te!
Te vejo! Porém não noto.
Observo-te com os olhos da menina
Que em mim vive.
Casas diferentes, casarios, casarões
Ruínas seculares,
E falam passados.
Amante deste chão
Tudo em ti é fragmento precioso!
A saudade traz um passado distante,
Ao presente que me foge.
Ainda ouço, viajante dá asas do vento,
As derradeiras notas
Que a pirapora cantava
No seu murmúrio acalantador
Deslizando pro mar.
È a paz envolvente,
Do meu chão natal!
Chão que chorará
minha ausência,
Num pranto sóbrio e mudo,
Feito do orualho das plantas da serra.
E o céu com tintas ternas,
vestirá tons de saudades.

Professora Aurides Lima. 3° B-Tarde