Olhos cheios d´água!
Teu nome Maranguape,
Soa macio
Corre em mim a emoção!
Minhas pupilas guardam
Passagens do meu chão natal
A vivente serra
Com manto lírio de névoa
Desenhada vive, na tela de minha retina
E habitada em minha alma,
Onde até hoje mora.
Meu espírito corre
A Maranguape de ontem.
As recordações aportam
Os meus pensamentos.
Maranguape és forte!
Maquiara-te com pincel!
Retocaram-te com colher!
Rejuvenesceram-te!
Te vejo! Porém não noto.
Observo-te com os olhos da menina
Que em mim vive.
Casas diferentes, casarios, casarões
Ruínas seculares,
E falam passados.
Amante deste chão
Tudo em ti é fragmento precioso!
A saudade traz um passado distante,
Ao presente que me foge.
Ainda ouço, viajante dá asas do vento,
As derradeiras notas
Que a pirapora cantava
No seu murmúrio acalantador
Deslizando pro mar.
È a paz envolvente,
Do meu chão natal!
Chão que chorará
minha ausência,
Num pranto sóbrio e mudo,
Feito do orualho das plantas da serra.
E o céu com tintas ternas,
vestirá tons de saudades.
Professora Aurides Lima. 3° B-Tarde